Bo-Kaap, o bairro malaio na Cidade do Cabo

Os primeiros malaios chegaram à Cidade do Cabo ainda no século XVII e a maioria era islâmica. Boa parte eram escravos e outros exilados políticos e acabaram instalados nas encostas de Signal Hill ou Bo-Kaap ("acima do Cabo"). Esses malaios influenciaram fortemente a língua africâner e a culinária da região. Além das sinagogas, o que mais chama a atenção no bairro hoje são as mil e uma casinhas coloridas! Uma mais fofa que a outra! Eu ainda presenciei a gravação de algum comercial/filme/novela/sei lá o que quando estive lá.

Malaio é o nome pra generalizar, refere-se a qualquer pessoa do oriente, não só da Malásia. Eu andei em um pedaço bem pequeno do bairro, mas adorei as casinhas coloridas!

O Iziko Bo-Kaap Museum é bem pequeninho e além de um casal de muçulmanos, parecia que eu era a única visitante naquele dia de calor infernal. São poucas salas na casa da frente contando sobre a história da cidade, os carnavais e objetos de culto muçulmano. Na casa de trás, existem vários painéis explicando um projeto de recuperação da memória do bairro bem interessante. Entre uma casa e outra, você ainda passa por uma mini cozinha com alguns objetos antigos expostos.

Contando a história da cidade

Na sala ao lado, as tradições de Carnaval da Cidade do Cabo.

A fantasia deles de Carnaval, explicada abaixo

O traje de carnaval consiste em uma jaqueta - algumas acima, calça, chapéu panamá e guarda-chuva colorido (acima).

Um pouco sobre o islamismo na Cidade do Cabo.

Já na casa de trás, o projeto de recuperação da memória do bairro.

Essa é a casa onde hoje fica o museu, à esquerda deteriorada e à direita como é hoje.

Informações Práticas

O museu não conta com ar-condicionado e para não morrer de calor, só me restou abanar os folhetos durante todo o tempo que estive ali (não foi muito porque o museu é pequeno mesmo). A fachada foi bem restaurada, como podemos ver na foto acima.

Endereço: 71 Wale Street.
Horário de funcionamento: de 2a a sábado, das 10h às 17h.

A entrada custa R20 (+/- 2 dólares), mas eu não tinha trocado e nem o funcionário, então ele me cobrou preço de estudante (R10) que eu tinha em moedinhas espalhadas pela bolsa. No mapa abaixo assinalei o museu, o ponto do ônibus hop-on, hop-off e as 2 ruas bonitinhas que eu tirei fotos.

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