Programando a viagem para o Peru, pensamos primeiramente em Machu Picchu, mas a partir do momento que minha mãe leu que era fácil combinar Machu Picchu com o Lago Titicaca, ela fez questão de ir lá conhecer! Depois da região toda de Cusco (falta muito post ainda) e antes de voltar para mais 2 noites em Lima, ficamos 2 noites em Puno (vejam no post dicas de hospedagem e de restaurantes), a principal cidade peruana na beira do famoso lago.
O Lago Titicaca
Infográfico muito legal feito pela Machu Picchu Brasil, única agência no Brasil especializada no Peru. Não viajei com eles, mesmo porque só fui conhecê-los quando já estava tudo acertado para a viagem. Reproduzido aqui com autorização. Clique na foto para aumentar o tamanho.
O Lago Titicaca, na fronteira entre o Peru e a Bolívia, é considerado muitas vezes o lago mais alto navegável do mundo. Está em uma altitude de 3.800m e tem 8.300km2, com 194km de extensão e 80km de largura do seu trecho mais amplo. Existem muitas ilhas espalhadas pelo lago e as mais famosas para serem visitadas pelos turistas são a Isla del Sol e Isla de la Luna (pelo lado boliviano do lago) e as ilhas de Uros, Taquile e Amantani (pelo lado peruano). O mapa abaixo foi retirado da Wikipedia.
Os habitantes de algumas dessas ilhas mantêm uma cultura própria e impressionante, centrada na pesca, tecelagem e agricultura. O povo dos Uros são os que vivem mais perto de Puno, em ilhas flutuantes construídas com a totora (espécie de junco). Eu visitei as ilhas Uros e Taquile em um passeio de um dia. É possível se hospedar em alguma ilha no Lago Titicaca, mas o passeio mais comum é o de um dia de duração mesmo. Vejam como foi a hospedagem do Ricardo Freire em uma das ilhas flutuantes.
|
Para quem está perdido que nem eu fiquei organizando essa viagem para o Peru, recomendo o guia abaixo! Leia tudo sobre ele aqui.
O passeio de um dia já estava incluso no nosso pacote com a Kontiki Tours, mas é possível contratar nos hotéis da cidade ou até mesmo no pequeno cais de Puno. Existem barcos mais rápidos e mais demorados - o nosso infelizmente era bem devagar e a volta foi cansativa - prefira os barcos mais rápidos.
Para viajar tranquilo, garanta já o seu seguro viagem com a parceira do blog, Real Seguros - comparador de preços com as melhores seguradoras do mercado! Você não gasta nenhum centavo a mais por isso e colabora para manter o blog!
Ilhas Flutuantes de Uros
O junco totora, abundante na região, é usado para alimentação do povo uros, lenha para fogueiras, construção de casas e barcos e na construção das ilhas flutuantes em si. Elas são construídas com tufos da raiz da totora e amarradas e durante a visita, aprendemos como isso é feito. Depois, jogam diversas camadas de totora para formar o chão da ilha (que balança de vez em quando - é uma sensação muito engraçada! rs).
Vemos as casas simples, como a comida é feita, os artesanatos (tecelagem e artefatos feitos com totora) e claro que os turistas são super incentivados a comprar. Aliás, um ponto negativo é que cada dupla ou trio de turistas é convidado a conhecer a casa de uma família, experimentar as roupas típicas e aí depois de tudo que eles contam sobre a dificuldade de viver naquelas condições, você se sente obrigado a comprar! O lado positivo é que o povo é super simpático e sorridente.
O transporte entre uma ilha e outra é feito com barcos de totora e como o povo uros vive basicamente do turismo, fizeram uns barcos mais enfeitados também para os turistas passearem. Em cada ilha, vivem aproximadamente umas 5 ou 6 famílias e quando existe alguma desavença, eles simplesmente cortam um pedaço da ilha e aquela pessoa/família vai se juntar à outra ilha ou até viver sozinho.
O número de ilhas não é exato, mas são aproximadamente 100, a maioria pequenas ilhas como a que visitei, mas existem também algumas maiores como a ilha onde fica a escola e a ilha onde fica a lojinha/bar que visitamos ao final do passeio. Aliás, não esqueçam de levar o passaporte porque ali tem um carimbo muito legal!
A visita começa bem cedo e dura menos de uma manhã, mas é interessante e bastante explicativa.
Dica para não passar frio
Eu fui no inverno (junho/2015). Estava com um casacão bem quente, uma malha de lã e camiseta de manga comprida porque o passeio saía muito cedo, mas claro que não demorou muito para tirar a malha e o casaco. Na parte de baixo, estava com uma meia-calça fio 40, calça jeans e uma meia de algodão normal, dessas que se usa com tênis no Brasil. Em Uros, o chão feito de totora é MUITO úmido e meu pé começou a congelar de frio! Ainda bem que tinha uma meia de lã de alpaca na bolsa e coloquei correndo! Em geral, a temperatura do dia foi agradável. Tirei a meia de lã no barco para a segunda ilha.
* indicates required
Ilha Taquile
Seguimos depois para a ilha Taquile, que não é flutuante, mas sim uma ilha normal no meio do lago. Depois de uma caminhada metade do morro acima, almoçamos comida simples, mas gostosa (incluída) e depois subimos um pouco mais para o centrinho da cidade, onde tem uma pracinha bonitinha. Quanto mais alto subimos, melhor a vista! Dali é possível avistar picos nevados na Bolívia. A ilha tem caminhos muradas da época dos incas e pré-incas, assim como arcos rústicos, que eu achei lindos!
O cardápio era sopa de quinoa, peixe grelhado com arroz, legumes cozidos e batata frita |
Durante o almoço, aprendemos um pouco sobre o povo que habita a ilha, mas a interação é bem menor do que em Uros. Mostram por exemplo os diferentes tipos de gorro que usam para diferenciar os casados dos solteiros. No caminho de volta é uma bela de uma descida e antes de embarcar no barco de volta para Puno, consegui colocar a mão no lago Titicaca! A ladeira para subir é beeem íngreme então isso pode ser um problema para pessoas com problemas de locomoção. Não existe outra opção para subir além das suas próprias pernas.
Chegamos bem cansados em Puno e foi então que conhecemos um pouco do centrinho, como contei no outro post sobre a cidade.
Você sabia que pode reservar hotel, alugar carro, garantir seguro viagem com desconto, conseguir ingressos para atrações e tours no Brasil e no mundo todo, além de guias de diversas cidades e países pelos links aqui do blog? Você não gasta nenhum centavo a mais e o blog ganha uma pequena comissão! Obrigada!
Uma das coisas que achei muito interessante foi o passeio ás ilhas flotantes; ver as crianças brincando e correndo, sem proteção dos pais quase me matou de preocupação. viver assim, despojados de uma casa fixa e de um carro, que estilo diferente de vida. dá para perceber o quanto somos consumistas.
ResponderExcluirEstilo de vida totalmente diferente mesmo! Tão legal quando descobrimos esse tipo de coisa nas viagens! E sim, infelizmente somos consumistas demais!!!
ExcluirOi querida, me diga uma coisa: em quanto tempo vcs fizeram essa viagem (Lima-Cusco-Puno-Lima)? Foram quantos dias? Abraços! Jalusa
ResponderExcluirOlá! Foram 11 noites! Compramos um pacote para menos tempo e acrescentamos algumas noites em algumas cidades. Foi 1 noite em Lima na chegada, 2 noites em Cusco, 1 noite no Valle Sagrado (Urubamba), 1 noite em Aguas Calientes, 2 noites em Cusco novamente, 2 noites em Puno e mais 2 noites em Lima no final.
ExcluirExcelente relato! As Islas Flotantes estão entre os lugares mais impressionantes do mundo. Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi a alegria e simplicidade do povo, um bom exemplo é o barqueiro que me conduziu até à Ilha do Sol, também no Lago Titicaca. Fiz um pequeno relato desta experiência no meu site:
ResponderExcluirhttps://marcozero.blog.br/o-fantastico-mundo-do-barqueiro-do-titicaca/