Quem acompanha o blog sabe que no final 2014, fiquei um bom tempo na Alemanha (por isso tem esse monte de post por aqui!). E o que eu fui fazer lá? Fiquei mais de 2 meses estudando alemão em Frankfurt e em Berlim!
Quase 10 anos atrás, já tinha feito um esquema parecido, estudando espanhol por 2 meses em Granada, Espanha, que já contei tudo aqui no blog.
Eu ia ficar um pouquinho mais de tempo do que fiquei em Granada e aí queria dividir o intercâmbio entre 2 cidades para conhecer melhor 2 lugares. Acho que menos do que 3 semanas é corrido para trocar (quando você descobre onde é a lavanderia já está indo embora!) então decidi ficar 3 semanas em Frankfurt e 6 semanas em Berlim! Por quê 9 semanas? Porque era o tempo que eu podia/queria ficar fora! E por isso que quando tive a ideia de ir, tive que ir logo!
Munique eu excluí porque já conheci bem das outras vezes que estive lá. Hamburgo eu já tinha estado por um dia no século passado (e acabei voltando em 2014 por mais um dia), mas o que me fez decidir mesmo por Frankfurt, apesar de que todo mundo fala que é a cidade mais sem graça do universo (o que NÃO é verdade), foi a localização!
Assim como Granada na Andaluzia, Frankfurt fica muuuito bem localizada para fazer passeios na região! Queria conhecer o máximo possível de lugares aos finais de semana! No fim das contas, eram taaantos lugares que queria conhecer que acabei indo uns dias antes das aulas começarem para aproveitar e conhecer mais 2 lugares que amei: Luxemburgo e Trier! E não dei conta de conhecer todos do mapa acima, isso porque nem marquei todos que queria...
Meus lugares preferidos: Römerberg em Frankfurt na esquerda e Kaiser-Wilhelm-Gedächtniskirche em Berlim na direita |
Quase 10 anos atrás, já tinha feito um esquema parecido, estudando espanhol por 2 meses em Granada, Espanha, que já contei tudo aqui no blog.
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Porque eu quis estudar alemão fora?
Eu estudei alemão aqui no Brasil por uns 6, 7 anos, mas já estava esquecendo tudo e nunca tinha tido a chance de praticar in loco. Fui para a Alemanha 2 vezes antes de começar a estudar o idioma de Goethe e depois não tinha voltado mais (dessas viagens tem os posts de Munique aqui no blog porque nas 2 vezes fiquei na casa de uma amiga lá)! Além disso, estava com saudades de passar uma temporada fora e queria MUITO conhecer Berlim de um jeito mais tranquilo.
Leia aqui como foi comprar um chip local alemão para usar internet na Alemanha!
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Como escolhi a agência e a escola?
Não pesquisei muito porque fui direto na CI (Central de Intercâmbio), onde já tinha fechado o intercâmbio da Espanha da outra vez. Claro que dei uma olhada online também e tudo é muito parecido. Para estudar alemão, tem bem menos opção de escola e agência do que espanhol ou inglês. Se eu tivesse pesquisado direto com escolas de lá teria economizado? Sim, mas eu não tinha tempo! Decidi ir em setembro e já viajei no dia 01/outubro!
A Angie do Apure Guria estudou alemão no Goethe Institut, fez estágio na Alemanha e contou tudo no blog dela!
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Como escolhi as cidades Frankfurt e Berlim?
Entre as cidades onde o curso era oferecido, eu tinha certeza que tinha que conhecer Berlim! Fui me apaixonando aos poucos por Berlim durante todas as minhas aulas de alemão. Um dos meus professores era louco pela cidade, ela sempre aparecia nos livros didáticos, acabei começando a prestar mais atenção na mídia quando falavam de Berlim e principalmente devorando os post de blogueiros de viagem! Mas como queria fazer cada vez mais coisas na cidade, tinha certeza que uma visita de 3, 4 dias que é o que 90% das pessoas ficam em Berlim, não seria nem perto de suficiente!
Eu ia ficar um pouquinho mais de tempo do que fiquei em Granada e aí queria dividir o intercâmbio entre 2 cidades para conhecer melhor 2 lugares. Acho que menos do que 3 semanas é corrido para trocar (quando você descobre onde é a lavanderia já está indo embora!) então decidi ficar 3 semanas em Frankfurt e 6 semanas em Berlim! Por quê 9 semanas? Porque era o tempo que eu podia/queria ficar fora! E por isso que quando tive a ideia de ir, tive que ir logo!
Munique eu excluí porque já conheci bem das outras vezes que estive lá. Hamburgo eu já tinha estado por um dia no século passado (e acabei voltando em 2014 por mais um dia), mas o que me fez decidir mesmo por Frankfurt, apesar de que todo mundo fala que é a cidade mais sem graça do universo (o que NÃO é verdade), foi a localização!
Assim como Granada na Andaluzia, Frankfurt fica muuuito bem localizada para fazer passeios na região! Queria conhecer o máximo possível de lugares aos finais de semana! No fim das contas, eram taaantos lugares que queria conhecer que acabei indo uns dias antes das aulas começarem para aproveitar e conhecer mais 2 lugares que amei: Luxemburgo e Trier! E não dei conta de conhecer todos do mapa acima, isso porque nem marquei todos que queria...
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Sobre a escola
Não tirei foto das escolas!!! Essas 3 montagens aqui são do facebook deles |
A DID ou Deutsch-Institut Deutschland é uma das principais escolas de alemão para estrangeiros na Alemanha e é super tranquilo de contratar por aqui. É também uma das escolas que o pessoal do "Ciência sem Fronteiras" está frequentando por lá, mas não a única - conheci muitos brasileiros por conta disso.
Os 2 prédios das escolas eram bem conservados e as salas de aula apropriadas. Ofereciam computador caso alguém quisesse usar antes ou depois da aula e também diversas excursões baratas ou grátis de meio período durante a semana ou de um dia no fim de semana.
Na did Frankfurt, a escola ficava no térreo de um prédio na região sul da cidade, Sachsenhausen. Pertinho da estação Frankfurt Süd. Já falei sobre essa região neste post aqui. Acabei só conseguindo fazer só um dos programas extras, para conhecer a Bolsa de Valores de Frankfurt. No primeiro dia de aula, fiz o teste logo cedo, mas como faziam meses e meses que não fala, escrevia e nem lia alemão, não fui bem e me colocaram em uma turma que estava começando o B1 (nível intermediário). Essa turma era praticamente inteira de brasileiros do "Ciência sem Fronteiras" - acho que uns 10 mais um suíço, uma americana e uma colombiana, mas no dia seguinte já estava achando simples demais e sem desafios.
Entendam aqui o Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas.
Falei com o diretor e apesar do resultado do teste, eles me trocaram para outra turma que estava no B2 e aí sim parecia que o nível de alemão encaixava. No Brasil, eu já estava no C2, mas já tinha perdido muito da prática e tinham mesmo algumas partes da gramática que tinha muita dificuldade, então era bom voltar um pouco. Essa 2a turma era mais eclética e menor: uma italiana, uma russa, 2 suíças, uma colombiana e um cara que eu não lembro o país (era algum país árabe)!!!
Uma coisa que não gostei na did Frankfurt, foi que as aulas não eram fixas no mesmo horário. A cada semana mudava o horário, mas basicamente eram na 2a, 4a, e 6a, de manhã e na 3a e 5a à tarde. Era bom poder dormir um pouco mais, mas atrapalhava passear pela cidade. Eles diziam que faziam isso porque estavam sobrecarregados de alunos (culpa do Ciência sem Fronteiras rs) e que precisavam revezar para ninguém reclamar de só ter aulas à tarde e ter espaço para todos.
Eu me lembro de ter tido 4 professores em Frankfurt, sendo que eles faziam revezamento. Em uma semana era um professor que dava aula de 2a, 4a e 6a e o outro de 3a e 5a. Teve também o professor da 1a turma que era bonzinho e na última semana um outro professor veio substituir alguém. Esse substituto já tinha fama na escola e era o piorzinho deles, na verdade ele explicava bem a parte de gramática, mas tinha mania de enfiar umas palavras em inglês no meio da explicação e o pessoal não gostava disso porque ninguém tinha pedido tradução.
Com o pessoal da 1a turma, não tinha jeito, o papo no intervalo acaba indo pro português, mas na 2a turma o pessoal falava alemão sim! Até nas conversas por whatsapp tive que me virar em alemão para escrever para o pessoal da sala!
Além do que pagamos aqui antes de ir, lá ainda é preciso comprar o livro, que varia de preço conforme o nível. Ainda bem que não comprei o livro da primeira turma! A segunda turma acabou o livro deles no meu penúltimo dia lá e aí fizeram cópia para mim de algumas páginas para a aula de 6a porque não sabiam se em Berlim eu iria continuar com o mesmo livro que eles usavam em Frankfurt. Isso é um ponto negativo de trocar de escola, porque as dids não estão todas integradas e realmente, quando cheguei em Berlim entrei em uma turma B2 e o livro era outro!
Na did Berlim, entrei em uma turma B2 que era bem grande, mas bem eclética: 5 venezuelanos, 1 sueco, 1 russo, 1 ucraniano, 1 brasileira além de mim (que não era do Ciência sem Fronteira) e acho que 4 suíços. Não tinha jeito, com a brasileira eu falava português, mas com os outros, até os venezuelanos, falava em alemão.
Tive 3 professores, mas um deles foram pouquíssimas aulas logo no começo. Ainda bem que gostei mais dos outros 2 que ficaram mais tempo com a minha turma. Com o pessoal de Berlim, só consegui fazer um dos passeios, que foi para Hamburgo. Ainda bem que dessa vez todas as minhas aulas eram de manhã! Era ruim acordar cedo, mas facilitava para conhecer a cidade.
A gente tinha lição de casa, mas nem todo mundo fazia. Eu tentava fazer mais as redações que um dos professores de Berlim sempre pedia porque sabia que isso ia me ajudar na prova do final do B2. Mas não ficava neurótica e preferia passear pela cidade do que fazer 100% das lições.
Um ponto negativo da did Berlin (mas na verdade não sei se se aplica à escola inteira ou só para aquela turma), é que eles focavam demais nessa prova que a gente fez no finzinho de novembro. Sabe aquele esquema de estudar para o vestibular e não estudar para aprender? Eu odeio isso porque acho muito errado! Estava nervosa com a prova, ainda mais porque na mudança de Frankfurt para Berlim, acabei perdendo algumas lições bem difíceis de gramática que estudei sozinha, mas no fim das contas fui melhor do que esperava! A prova era tão complexa que fizemos em 2 tardes! Uma tarde para a redação, a parte de gramática e hören e outra tarde para a parte oral, que era em duplas e os professores decidiam quem ia fazer com quem - acabei fazendo com a brasileira, o que foi bom porque as 2 ficaram menos nervosas rs. Eram pessoas de fora da escola e muito sérias que foram aplicar a prova então o pessoal todo ficou tenso. Dava para sentir que até o diretor e os professores estavam tensos também porque se todo mundo fosse mal, a "culpa" era deles. No fim deu tudo certo e até o suíço que todo mundo achava que não passaria, estudou horrores na semana anterior e passou. O ucraniano e o russo que era muito piores já tinham desistido do curso umas semanas antes.
Na minha última semana em Berlim, a turma já estava no C1, mas nem chegamos a comprar o livro porque a maioria já estava quase indo embora. Os professos deram ênfase à exercícios com matérias de revistas, vídeos etc. Ah, depois da prova, rolou também uma festinha de fim de ano no escola com confraternização de todas as turmas.
A turma de Berlim era muito mais unida do que a turma de Frankfurt e o pessoal saía mais, mas notei que o pessoal do Ciência sem Fronteira de Berlim não se misturava com os alunos de outros países. Em Frankfurt eles se misturavam mais. Acho que eram cerca de 70 brasileiros no programa em Frankfurt e mais de 100 em Berlim.
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Este é um blog sobre turismo então as dicas são voltadas para quem vai visitar a Alemanha por poucas semanas. Quem pensa em se mudar para a Alemanha vai achar muito mais dicas e dicas muito mais úteis neste ebook "Morar na Alemanha" de brasileiros que moram/moraram na Alemanha para brasileiros que querem fazer o mesmo. Compre aqui o seu ebook "Morar na Alemanha"! |
Aulas
Eu tinha aulas de gramática, conversação, leitura e tudo o mais que sempre temos em cursos de idiomas. A aula da manhã começava às 8h30 e terminava perto de 12h. Nos poucos dias que tinha aula à tarde em Frankfurt, não lembro bem do horário - acho que era das 14h às 17h30, algo assim.
Para quem é iniciante na língua, tem datas determinadas para começar o curso, quem já sabe um pouco pode começar em qualquer segunda-feira (com poucas exceções). Os estudantes têm que chegar na cidade no final de semana anterior e no primeiro dia de aula fazemos um teste de idioma escrito e oral para os professores determinarem quem vai ficar em qual nível.
Quando estava postando sobre o intercâmbio da Espanha, fiz um post com dicas gerais para melhorar um idioma, que continuam válidas para qualquer idioma!
Acomodação
Escolhi ficar em quarto privativo em uma mistura de hostel com hotel nas 2 cidades. Não estava no clima de ficar em casa de família, apesar de que teria sido ótimo para praticar mais o alemão. Um dos meus maiores medos de ficar em casa de família é acabar indo para uma casa com péssima localização e ficar longe das coisas que queria visitar rs. Do pessoal da escola, alguns tinham conseguido acomodação por conta própria e outros estavam em casa de família - alguns desses inclusive em famílias muito bem localizadas no bairro de Prenzlauer Berg. Como queria fazer vários bate-voltas, queria também ter fácil acesso à estação principal de trens.
Vejam aqui onde fiquei em Frankfurt! E aqui, em Berlim!
Não tinha tempo de procurar todas as possibilidades na internet então ao invés de tentar a sorte no Airbnb por exemplo, preferi ficar nos lugares indicados pela escola. Em Frankfurt, que é uma cidade cara, escolhi a acomodação de nível intermediário e em Berlim, fiquei em uma que seria um nível superior (mas não vi diferença não). As mais baratas eram até fora da cidade e isso eu não queria de jeito nenhum! Também queria voltar à noite para o hotel sozinha tranquilamente.
Vejam aqui onde fiquei em Frankfurt! E aqui, em Berlim!
quarto do hotel em Frankfurt - tinha ainda uma mesinha ao lado da mala vermelha |
essa escada da direita é a Hauptbahnhof em Berlim e esse da frente já é o hotel! |
Não tinha tempo de procurar todas as possibilidades na internet então ao invés de tentar a sorte no Airbnb por exemplo, preferi ficar nos lugares indicados pela escola. Em Frankfurt, que é uma cidade cara, escolhi a acomodação de nível intermediário e em Berlim, fiquei em uma que seria um nível superior (mas não vi diferença não). As mais baratas eram até fora da cidade e isso eu não queria de jeito nenhum! Também queria voltar à noite para o hotel sozinha tranquilamente.
Alimentação
Eu só tinha o café da manhã incluso, mas em casa de família é comum ter mais uma refeição.
Fotos do café da manhã de Berlim! |
Almoçava e jantava na rua todos os dias porque eu não sei cozinhar! rs Comia muuuita comida de rua, sanduíches e mais em Berlim do que Frankfurt, frequentava restaurantes baratinhos (por até 5,00 euros)! Às vezes, comprava uma salada pronta no supermercado e comia no hotel por exemplo (por até 3,00 euros). Em Frankfurt, acabei comendo em restaurantes mais caros porque era começo de viagem e porque a cidade é mais cara. Em Berlim, comi muito também nos mercados de Natal no fim de novembro e início de dezembro.
Veja aqui o post com dicas de onde comer em Frankfurt!!! São tantas dicas de onde comer em Berlim que fiz 2 posts: um com dicas mais gerais de onde comer na cidade e outro com dicas para gastar pouco em Berlim!
Em Frankfurt, descobri o Coa, um restaurante asiático que adorei e depois repeti em Berlim também! |
Flammkuchen que eu amei em Frankfurt |
Às vezes eu roubava uma maçã ou banana no café em Frankfurt para comer no intervalo da aula, mas geralmente comia qualquer besteira que tinha comprado na rua/supermercado.
Tempo livre
Com esse monte de post sobre Berlim e Frankfurt aqui no blog, nem preciso dizer que conheci muito das 2 cidades!!! Ainda faltam dezenas de posts, que estão no rascunho. Além disso, tinha as lições de casa para fazer, roupa para lavar (levei uma mala pequena), comprar qualquer coisa no supermercado, colocar crédito no celular e claro, sair com o pessoal.
Nos fins de semana aproveitei para conhecer Luxemburgo, Trier, Heidelberg, Colônia, Koblenz, Rüdesheim e fazer um passeio de barco no rio Reno quando estava em Frankfurt. Conheci Magdeburg no fim de semana que estava saindo de Frankfurt para ir para Berlim e em Berlim, fiz bate-voltas para Potsdam, Quedlinburg, Hildesheim, Hamburgo, Dresden e Leipzig. Fiquei na cidade no fim de semana das comemorações dos 25 anos da queda do Muro de Berlim.
Nos fins de semana aproveitei para conhecer Luxemburgo, Trier, Heidelberg, Colônia, Koblenz, Rüdesheim e fazer um passeio de barco no rio Reno quando estava em Frankfurt. Conheci Magdeburg no fim de semana que estava saindo de Frankfurt para ir para Berlim e em Berlim, fiz bate-voltas para Potsdam, Quedlinburg, Hildesheim, Hamburgo, Dresden e Leipzig. Fiquei na cidade no fim de semana das comemorações dos 25 anos da queda do Muro de Berlim.
Transporte
Em Frankfurt, todas as opções de acomodação eram longe da escola e tinha que obrigatoriamente ir de metrô. Comprei alguns passes diários, passes semanais e usei também o Frankfurt Card por 2 dias. Para fazer os passeios na região, sempre ia de trem - quanto antes você comprar, mais barato fica. Eu estava sozinha, então os passes de trem da Deutsche Bahn (empresa de trem alemã) não compensavam, mas estando entre 2 e 5 pessoas é sempre uma boa ideia. Para sair do aeroporto de Frankfurt, eu achei um ônibus que ia para Luxemburgo e se encaixava melhor nos meus horários, mas o transporte para a cidade é super tranquilo.
ticket para um trajeto, ticket de um dia e ticket de uma semana - preços de 2014 |
Peguei uma greve da Deutsche Bahn, mas só durante um fim de semana. Precisei aprender a usar o tram (aqueles trenzinhos de rua) para ir e voltar da Hauptbahnhof, mas na verdade daria até para ir a pé. Já estava com minha passagem para Heidelberg nas mãos, fui ao escritório da DB na Hauptbahnhof e eles me devolveram o dinheiro. Acabei indo de ônibus para lá porque não ia perder a oportunidade de conhecer a cidade e o castelo lindos.
O ônibus é bem mais barato, mas eu achava os horários sempre piores. Os trens são mais frequentes e fica mais fácil fazer o esquema de bate-volta então preferia pagar mais caro na maioria das vezes e ir de trem mesmo, além do tempo de viagem economizado (ônibus é sempre mais demorado. Até os trens regionais que não eram tão rápidos assim, acabavam sendo melhores do que ônibus).
Diferentes tipos de trens na Alemanha |
Em Berlim, usei passes diário, semanal e mensal também e também usei o Berlin Welcome Card por 2 dias. Sempre comprava o ticket para a região AB porque era onde estavam todas as atrações principais, hotel, escola, etc. Só precisei da área C quando fui para Potsdam e Sachsenhausen. O aeroporto Tegel (onde eu peguei meu voo de volta) está na área B e o Schönenfeld na área C.
Da esquerda para a direita: ticket AB de um mês (apesar da facada, você economiza horrores), ticket AB de um dia e ticket ABC de um dia. Preços de 2014. |
Esquerda: estação Zoologischer Garten. Direita: detalhe nas janelas do U-Bahn |
Como estava perto da Hauptbahnhof, usava mais o S-Bahn, mas trocava para o U-Bahn toda hora. Também peguei greve da DB em Berlim e aí tive que aprender a usar os ônibus e acabei descobrindo um que ia direto para a escola (indo de trem, eu tinha que pegar o S, andar uma estação, trocar, pegar o U e andar mais uma estação). Até daria para ir a pé se fosse preciso, mas o clima atrapalhava (e a minha preguiça também rs). Os trams circulavam só na área da antiga Berlim Oriental então acabava não usando muito, só quando saía direto da escola e ia para a região de Prenzlauer Berg com o pessoal da minha sala. Eles demoravam mais, mas circulavam em uma área que não tem tantas estações de S/U-Bahn. Hoje em dia, o tram chega até a Hauptbahnhof.
O app da RMV em Frankfurt era ótimo e avisava das greves e alternativas para o trajeto, mas nem o app da VBB em Berlim e nem o da BVG eram confiáveis não. Por exemplo, deixavam de mostrar alguns trens, o que fazia falta por exemplo uma madrugada quando tive que ir super cedo para a estação de ônibus. Com essa história da greve, demorei para entender o que entraria em greve e o que funcionaria normalmente, mas a verdade é que sempre tinha algum tipo de transporte disponível quando o outro entrava em greve porque o transporte nas 2 cidades é dividido em pelo menos 2 empresas (S-Bahn/trens regionais/trens de longa distância em uma e U-Bahn/ônibus/tram em outra).
* indicates required
Clima/Roupas/Lavanderia
No meio de novembro, aposentei meu casaco corta vento e passei a usar só um casacão de neve dos Estados Unidos (apesar de não estar nevando, era casaco apropriado para aquele clima, forrado de pena de ganso), tinha que usar meia calça por baixo do jeans todos os dias (e isso me irrita muito) e sempre mais de uma meia grossa, além de bota que eu comprei lá. Na rua, não tinha mais como ficar só de camiseta e tinha que usar cachecol o tempo todo e como estava sempre de meia calça, na hora que entrava na escola, qualquer loja ou atração, sempre morria de calor! Nas 3 últimas semanas, a temperatura estava sempre entre 0 e 8 graus e acho que chegou a fazer temperatura negativa só de madrugada. Voltei para o Brasil no dia 7/dezembro.
Eu já tive muita dor de ouvido quando criança e quando está frio desse jeito, sempre tenho de novo. A melhor solução que encontrei faz algum tempo para inverno no hemisfério norte é usar faixa de lã na cabeça. Protege bem mais do que gorro e fica bem mais bonito do que aqueles protetores de orelha que parecem fones de ouvido grandes.
As cores do outono em um parque em Dresden! |
Passei os 2 meses inteiros com 1 tênis que levei daqui e essa bota que comprei por lá, que tinha um forro (um forrinho leve para eu poder usar no Brasil também). Casaco também só tinha 2: um leve bom para chuva e vento que inclusive uso no Brasil o tempo todo e esse outro pesado que nunca usei por aqui. Não tem problema nenhum repetir roupa o tempo todo, afinal todo mundo está repetindo também!
Passei 9 semanas com 4 calças jeans, 4 malhas de lã e não contei as camisetas, mas garanto que foi um exagero!!! A mala pesava 17kg, mas poderia ter pesado menos na ida. Não queria lavar roupa toda semana (queria lavar quinzenalmente), então levei um pouco a mais para garantir qualquer desastre (sempre derrubo comida em tudo, rasgo calça jeans etc - aliás rasguei uma lá e não fiquei apertada com uma calça a menos). Levei quase tudo de cor escura para poder colocar junto na máquina de lavar e as 2 ou 3 camisetas mais claras que tinha, eu lavava sempre na mão para não manchar.
Em Frankfurt, paguei para usar a lavanderia no subsolo do hotel. Em Berlim, foi a minha maior reclamação da hospedagem. Estava tranquila porque na teoria existe máquina de lavar no mesmo esquema da de Frankfurt, mas estava quebrada. Acreditei na primeira vez que perguntei, mas que máquina fica mais de um mês quebrada? Com certeza, era falta de vontade de consertar! Este post do Diego, do Meus Roteiros de Viagem me salvou porque nem o pessoal da recepção sabia onde ficava a lavanderia mais perto, que para andar com uma mala de roupas sujas, nem é tão perto assim. Precisei usar 2 vezes lavanderia em Berlim.
Ufa! Se ainda ficou alguma dúvida, podem deixar nos comentários!
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Que legal saber que você também é da turma dos que decidiram aprender alemão! Eu fiz um curso em Munique em novembro do ano passado, na Tandem. Entrei no B1. Pesquisei no Google mesmo, fiz a matrícula no site e todo o restante (confirmação de pagamento, etc) foi por e-mail. Lá eles cobram por semana e o valor vai caindo à medida que você se matricula em mais semanas. O legal é que nessa época do ano o curso é mais barato porque é baixa temporada. O material já está incluso no valo pago. Eles oferecem hospedagem em casas de famílias, mas eu fiquei na casa de um amigo. As aulas eram de 9h às 13h. Tinha esse esquema que você experimentou também, do rodízio de professores. Tinha aula três dias com uma moça e outros dois dias com um rapaz. A turma era pequena e bem diversificada: uma sérvia, um americano, um inglês, um argentino, um italiano e uma costa-riquenha. Super dinâmicas as aulas, com muita comunicação. Tinha bastante gramática também, mas sem essa fissura de estudar pra prova. Já conhecia Berlim e ficar em Munique me faz amar a Alemanha ainda mais. A cidade é ótima e super estratégica, porque está perto de outras cidades interessantes da Alemanha e da Áustria.
ResponderExcluirPri, que legal!!! Munique é demais mesmo, só não fui pra lá pq seria a 3a vez, achei melhor variar rs. Mas super recomendo pra quem não conhece ainda! Adoro fazer esses cursos de idiomas - vc fica mais tempo do que o turismo normal e acaba conhecendo MUITO mais! Obrigada pela visita!
ExcluirAmo a língua espanhola e adorei a experiência em Granada, mas está na Alemanha é a que eu mais te invejo! Adoro conhecer mais deste mundo pelos teus posts!
ResponderExcluirObrigada Gabi! A Alemanha é mesmo sensacional!
ExcluirSucesso ein!!!
ResponderExcluirQuem sabe um dia.
É uma língua que chama bastante atenção, mas deve ser difícil pra caceta.
Bem difícil! rs mas intercâmbio vale a pena de qualquer jeito!
Excluirhahaha é bem difícil mesmo... a gente estuda, estuda e continua sem saber hehehe
ResponderExcluirNossa, adorei esse post, que experiencia incrivel!! A Alemanha nunca foi um país prioridade na minha lista de países a conhecer, mas todo mundo fala que é tão lindo, tão legal, e pelas suas fotos dá pra ver que realmente é lindo e eu to mudando de idéia!
ResponderExcluirAdoraria fazer um intercambio assim como voce fez (apesar que pra mim 2 meses de alemão serviria só pra eu não morrer de fome hahahah)
hahaha Não recomendo fazer intercâmbio nenhum sem sair daqui já com nível básico de qq língua... O pulo do aprendizado é muuuito maior se vc já tiver as noções e vocabulários básicos... Mas a Alemanha eh sensacional, vai sim!!! Eu acho bem mais legal que França, Portugal, Espanha, Holanda, etc...
ExcluirOi Fernanda! Graças a Deus por esse post! Kkkkkkkk
ResponderExcluirEstou indo estudar na DID Berlim em dezembro e vou ficar um mês! Venho procurado ex alunos pra me ajudarem na programação. Muito obrigada por todas as informações! Já me ajudaram bastante! Gostaria de saber se dá pra viver com 50 euros por dia e qual é o valor médio das excursões organizadas pela escola.
Gosto de preparar tudo nos mínimos detalhes(mesmo que tudo mude depois!rs) e se você tiver qualquer dica, agradeço demais. Vou dia 09/12 e volto 10/01.
Muito obrigada pela ajuda!
Abraços.
As excursões organizadas pela escola costumam custar só o ticket de transporte necessário. No caso de Hamburgo, eles pegaram tickets de grupo que são baratos e aí dividindo em todo mundo ficou 12 euros ida e volta!!! (mas em trens demorados) O valor por dia depende do tipo de alimentação que você vai fazer e dos passeios, mas pode comprar um ticket mensal de transporte e não se preocupar com isso dentro da cidade depois. Tem muito que fazer de graça em Berlim (http://www.taindopraonde.com.br/2015/10/mais-de-100-atracoes-atividades-gratis-de-graca-gratuitas-berlim-alemanha.html - se bem que com o frio muita coisa ao ar livre não é legal) e tem muito lugar barato pra comer por lá (http://www.taindopraonde.com.br/2016/03/onde-comer-barato-berlim-menos-10-euros-comida-rua-imbiss.html). Pela época, aproveite para conhecer todos os mercados de Natal, que são demais (http://www.taindopraonde.com.br/2015/10/mercados-de-natal-berlim-alemanha-weinachten-markt-christmas-market.html). Você provavelmente terá uns dias a menos de aula por conta dos feriados de Natal e Ano Novo e a escola estará mais vazia - aí vc acaba conhecendo melhor as pessoas que estarão por lá na mesma época - os europeus costumam ir embora e voltar no outro ano. Eu fui embora dia 06/12 e tinha MUITA gente indo embora no mesmo fim de semana - alguns poucos voltariam em janeiro tb. Ah, é difícil calcular, mas eu gastei menos de 50/dia sim! O mais caro de tudo acaba sendo as passagens de trem pra outras cidades se vc for viajar no fim de semana e comprar de última hora, além da hospedagem claro rs.
ExcluirObrigada, Fernanda! Já estou lendo avidamente todos os posts! Rs
ExcluirTambém fechei o pacote com a CI e já fui informada da semana de folga do Natal, quando vou aproveitar pra conhecer Paris e Londres. E já vou me preparando pra esses gastos extras, então!
Obrigada demais pelas dicas!
Olá Fernanda!
ResponderExcluirParabéns pelo blog e por esse post maravilhoso!!! Já me ajudou a ter uma noção bem melhor do que esperar. Entretanto, estou ainda com uma tremenda dúvida, em qual DID estudar, Frankfurt ou Berlin? Vi os papotes pela Ci, onda já tinha feito meu intercâmbio com eles para a Inglaterra, e os valores do curso de alemão são os mesmo para as duas cidades. Mas não sei como decidir.
Estou me programando para ir em abril de 2017, sei que está longe mas gosto de planejar tudo hehe.
Frankfurt seria bom para mim pois gostaria muito de conhecer Köln e Luxemburgo, ainda tenho uma amiga em Aachen, onde queria passar uma semana e depois ir para Holanda passear.
Em contra partida, muito amigos me falaram que Berlin é a escolha certa, pois é mais barata, linda e histórica, e um voo Berlin-Frankfurt em companhias lowcost custam em média de R$250!!!
Então será que podia me dar um luz???
Hahahaha!
Muito obrigada! e continue com o blog!
Katlen
Oi Katlen! Difícil palpitar pq não sei que tipo de coisa vc gosta mais, mas a melhor dica é ler sobre os 2 lugares para se decidir! Aqui no blog mesmo tem bastante coisa sobre as 2 cidades e cidades próximas. Frankfurt em geral é mais cara do que Berlim e isso tb pode ser um fator de escolha (vai fazer diferença na alimentação, na hospedagem etc). Dá pra fazer o trajeto FRA-BER tb de trem, evitando os deslocamentos até os aeroportos (pq as low coast costumam sair de Frankfurt Hahn, que é longinho) - comprando com antecedência sempre tem preços bons tb de trem e sem limite de bagagem (o limite eh o que vc conseguir carregar)! Pelas cidades por perto para fazer passeios de um dia/fim de semana, gostei mais de Frankfurt, mas pela cidade em si, Berlim é sensacional e imbatível!
ExcluirJá comecei e parei de estudar alemão duas vezes. Com seu post fiquei super animada e, quem sabe, um dia também não passe 1 mês em Berlim estudando. Valeu pelas dicas!
ResponderExcluirSuper apoio! De quebra ainda dá pra conhecer a cidade bem melhor! rs
ExcluirHeeey Fernanda!
ResponderExcluirEsse post me aliviou bastante quando eu estava pesquisando sobre o meu intercâmbio, então primeiramente obrigado haha Estou de volta nesse post porque estou muito ansioso e consumindo tudo o que a internet me permite.
Eu tenho algumas dúvidas porque vou para a DID em Dezembro e ficarei por um mês, mas estou bem preocupado com o meu nível de alemão e porque ficarei numa casa de família. Eu sou A1 em alemão e estou procurando estudar o quanto posso até o dia da viagem para poder me virar bem no idioma, mas a questão é que eu não sei exatamente em qual nível de alemão serei certificado na DID quando acabar, Se o A2, B1 ou outro, saberia me dizer algo relacionado a isso?
Fora isso você acha que vou usar muito o inglês ou tem alguma outra dica pra mim?
Obrigadão!
Abraços!!!
No seu 1o dia na escola, eles vão fazer um teste pra saber em qual nível vc começa. Então é uma boa ir estudando até lá (eu não estudei e no teste acabei ficando bem pra trás do nível que eu estava...). Não sei quanto tempo vc ficará lá no total, mas entendi que 1 mês e isso não é suficiente para acabar um nível inteiro. Vc vai entrar em uma turma que já estará sabe-se lá em qual ponto do A1 ou A2 e ai depende da data que está marcada a prova deles pra saber qual certificado vc vai receber. Eu entrei no B1, pedi pra mudar pro B2 ainda em Frankfurt. Qnd mudei pra Berlim, continuei no B2 mas a turma estava em outro ponto do B2. Fiz a prova do B2 e saí com o certificado B2, mas cheguei a fazer algumas aulas no C1, que não terminei.
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